Opinião

É preciso reagir


Não é o país que reage. São as cidades. Somente elas têm a força necessária para colocar seus cidadãos às ruas, procurando trabalho, criando negócios, investindo, lutando. O Brasil depende das cidades. Da sua cultura, suas peculiaridades.

A reação de uma nação nada mais é do que o conjunto de reações dos municípios, é claro, apoiados por ações governamentais centralizadas, aportes e políticas públicas. Mas nada que retire a responsabilidade da cidade, de reagir.

Desde a participação comunitária, até ir fazer as compras de Natal - sim, gastar! Tudo faz parte da grande roda que deve voltar a girar neste fim de ano, até para que 2018 já comece diferente, ativo, com mais vida.

E na luta pela sobrevivência e pelo crescimento, cada um usa as armas que tem. Santa Maria tem as suas, e deve usá-las. Tem um enorme mercado de ensino, se não tem muitas indústrias. Tem um volume invejável de funcionários públicos aqui estabelecidos, se não tem um aglomerado de trabalhadores privados unidos por grandes empresas. E tem o salvador da pátria morando em volta. O campo. Basta que nosso comércio e nosso serviço saibam aproveitar.

Quem pensa que em momentos de crise se investe menos, está errado. Quem tem condições deve aumentar a carga de investimentos, para que ao menor sopro de prosperidade esteja previamente voltado para o lado certo.

Inclusive, publicidade. Mostrar o que tem de bom sempre foi uma grande arma. Um diferencial na escolha. Mais ainda em tempos de restrição, onde o cliente disposto a gastar é disputado.

Mas, sobretudo, investir cada vez mais nas pessoas, origem e foco de qualquer negócio. Ali surgem as ideias, executam-se as tarefas, cumprem-se as metas. Instigar o individualismo não egoísta. Provocar a ambição saudável. Fomentar a leal competição. Criar um ambiente produtivo e vitorioso.

É assim que devemos reagir. Na família, na escola e no trabalho. Porque a reação só se dá quando definida em todos os planos. Uma escolha. Uma decisão que contrarie a lógica do "tá mal". Uma posição pessoal sincera. "O problema é meu, a culpa é minha, e tenho que resolver isso!". Nada de transferir responsabilidade.

Se cada um pensar assim, temos uma chance de reação. Nossa cidade pode voltar a crescer. Aliás, teríamos que começar na nossa rua, para ser mais prático e realista.

Pode não ser uma saída fácil, mas talvez seja a única, ao menos na concepção mundana. Movimentar-se esquenta o corpo. Ser forte mantém vivo. Atitudes diárias, simples, que traduzem-se em reação. Sair de casa, trabalhar mais, investir mais, almejar mais.

Posicionar-se na família e no mercado. Estudar para evoluir. Capacitar-se para novas funções e novos desafios.

Não é ignorar que o salário está parcelado, que a empresa está mal, e que a rua está cheia de buracos. É apenas reagir a tudo isso.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

O futuro do mercado de trabalho Anterior

O futuro do mercado de trabalho

Verdades, mentiras e o sonho de mais uma conquista Próximo

Verdades, mentiras e o sonho de mais uma conquista

Colunistas do Impresso